SONETO III
Sozinho, corta o vento a madrugada.
Ouvindo-o, entre as árvores, uivando
Ao som da melodia vou cantando
Um hino de paixão à minha amada.
Na música eu agora vou falando:
Sem ela nesta vida não sou nada.
Mas ouço os passos dela na calçada
E os soluços de alguém que está chorando.
Nós fizemos do amor a maestria,
Deixamos nosso verso inacabado
Como o vento que faz a melodia.
É pena! Terminarmos neste dia,
Amantes, de um amor apaixonado,
O triste enredo desta sinfonia.
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